O desejo é tanto que quando se faz presente nem ele almejo mais, caindo no risco da contradição de ser pego no auge da cacofonia cafona. Então eu puxo a cabeça das nuvens e enterro os pés no chão passando a proferir a monotonia dos sons tântricos e então me acalmo, me aquieto e ali de olhos abertos nada mais vejo senão a mim. E então percebo que o silêncio se difere muito da mudez. Que ali dentro minha alma gritava o nome teu, dela e dos demais, inclusive o meu. Mas ria, chorava, pulava, rodopiava, tudo ao mesmo tempo. Aquele objeto do desejo primordial, tão difícil de encontrar deixava de ser lenda e passava a ser lembrança e depois miragem e depois real à medida em que ia apagando você, ele, ela e por fim eu. No limiar do inexistir, ali apareci e fiquei.
terça-feira, janeiro 07, 2014
Um lugar para estar só
O desejo é tanto que quando se faz presente nem ele almejo mais, caindo no risco da contradição de ser pego no auge da cacofonia cafona. Então eu puxo a cabeça das nuvens e enterro os pés no chão passando a proferir a monotonia dos sons tântricos e então me acalmo, me aquieto e ali de olhos abertos nada mais vejo senão a mim. E então percebo que o silêncio se difere muito da mudez. Que ali dentro minha alma gritava o nome teu, dela e dos demais, inclusive o meu. Mas ria, chorava, pulava, rodopiava, tudo ao mesmo tempo. Aquele objeto do desejo primordial, tão difícil de encontrar deixava de ser lenda e passava a ser lembrança e depois miragem e depois real à medida em que ia apagando você, ele, ela e por fim eu. No limiar do inexistir, ali apareci e fiquei.
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