sexta-feira, agosto 29, 2003

Terapia em Dó Maior
Será realmente a música uma língua universal? Melhor que qualquer droga ou estimulante, a música nos eleva a um plano trascedental. Ela nos dá ritmo, nos faz mexer e sem perceber estamos batucando com o pé oou os dedos ou fazendo barulhos esquisitos que só percebemos quando as pessoas que estão a sua volta começam reparar. Acham que eu ligo? Nenhum pouco. Se alguém liga para o que os outros acham de você ou de sua conduta, problema exclusivamente deles. Dite você mesmo o ritmo de sua vida. É só seguir a melodia, não é tão difícil assim. Vez ou outra, se tranque em seu quarto, apague as luzes, ligue um som alto o bastante pra você não escutar nada além do recinto em que você se encontra. Feche os seus olhos e deixe o ritmo tomar conta de você. Para a imaginação correr solta, escute músicas sem letras ou cantada em alguma língua que você não entenda. Tente captar apenas a essência da melodia e deixe fluir por todo seu corpo. Não se prenda! deixe o seu corpo responder por você, não pense nele. Guarde todo o seu pensamento para ir a um lugar só teu, onde você encontra o quê e quem bem entender.
Muitas pessoas já me disseram que eu sou alguém musical. A música sempre foi e sempre será minha melhor terapia em tudo na minha vida, comparável apenas talvez à uma atuação enquanto encarno algum personagem. Mesmo assim acabo utilizando métodos musicais para vivenciar melhor meus personagens e suas respectivas falas. A música enche nosso espírito, nos torna invencíveis e cheios de vontade para por em prática novas idéias e anseios. Assim escrevo esse post ao som de Flaming Lips ("Nobody Told me"), Morphine ("Cure for Pain") e muitas outras coisas legais. Já estou agilizando um novo Top10. E ah!...Obrigado pelas visitas pessoal e pelos recadinhos!
Bjos e abraços,
César Champ.

quinta-feira, agosto 28, 2003

Nas pedras eu te espero
Vez ou outra, acontecem situações em nossas vidas onde nos perguntamos qual o ponto em que erramos ou em que deixamos passar algo que não podemos preceber, algo que afeta as pessoas por quem você mais preza e isso me deixa muito, mas muito chateado mesmo. Qual o propósito de se construir uma amizade durante anos e esse se tornar um relacionamento ao ponto de você ver a pessoa todos os dias, se falar todos os dias, jantar juntos, conhecer um a família do outro, viajar juntos, se divertir juntos e muitas coisas além feitas em comum. Machuca muito se sentir culpado por algo que não ocorreu. Estou me sentindo assim nestes últimos dias e me pergunto constatemente desde então se realmente existe algum tipo de confiança em nossa relação. Sou obrigado a responder questões que jamais terei respostas. Será que sou eu o problema ou será que pelo fato de eu ser tão próximo acabo sendo alvo de injustas acusações? Apontar o dedo para quem sempre te apóia parece ser mais fácil do que para os detentores das soluções de certos problemas. Será esse um fardo de se ter uma amizade intensa? É estranho mas é como se visse essa amizade num reflexo de um lago e uma pedra quicasse na superfície da água e teu reflexo se distorcesse. Não é um reflexo perfeito, mas é você. Uma parte imperfeita de mim, mas algo que tenta se aproximar de minha imagem e conteúdo. Talvez eu seja uma imagem estragada de um reflexo perfeito e deve ser mesmo assim pois costumo fazer desses seres meus exemplos de vida, meu ideal de viver ou meu foco de visão do mundo, uma perspectiva em que me amparo e sinto as formas das paredes e do chão apenas observando. Talvez falte alguma ação por parte de mim, algumas palavras que deveriam ser proferidas de minha boca, mas sou muito mais um sonhador protagonista que um protagonista sonhador. Meu mundo é perfeito. Melancólico e perfeito. Aqui eu posso sentar, chorar, lembrar. O vento é mais fresco, as idéias espumam em minhas veias, meu olhar chega além do horizonte. Aqui não tem prédios, carros nem aviões. Tem mato, flores, pedras e um mar sem fim. E tem eu... apenas eu. A quietude da solidão eterna que me aquece, a brisa que me eleva sobre as tristes árvores que me esperam contar uma história. Aqui não tenho sede nem fome. Nem desejos. Que eu fique longe dos desejos! Estes, a perdição do homem. Não ligo de estar sozinho, também não tenho pressa. Apenas espero as desculpas de alguém que feriu meu coração e pediu que esperasse tal feito em meu mundo melancólico, mas perfeito, onde eu possoo sentar, chorar e lembrar....

terça-feira, agosto 19, 2003

Top 10

1) Boys Don´t Cry - The Cure
2) Lonely Girls - SUEDE
3) Perfect Day - Roxxete
4) Manic Monday - Cindy Lauper
5) Genius of Love (long Version) - Tom Tom Club
6) The Boy With The Thorn In His Side - The smiths
7) Deceptacon - Le Tigre
8) Mother and Father - Madonna
9) Oh What a Feeling - Irene Cara
10) Believe in Myself - Tails



segunda-feira, agosto 18, 2003

Caminhos
Muita gente passa por nossa vida. Algumas marcam sua passagem de tal forma que transformam nosso caminho, criam atalhos ou nos fazem perder o rumo. E pra voltar ao normal, meu amigo ( ou amiga).. que trabalho que dá! Por mais que a gente queira que os outros caminhem junto conosco, geralmente não acontece como pretendemos, justamente porque trata-se de duas vidas, dois caminhos, dois sentidos que se cruzam em dado momento. Áh se fossemos águias que tudo vêem, que voam livremente pelas correntes de ar de um mundo superior ao nosso... Sábio é aquele que enxerga além do chão em que pisa. Aquele que consegue ver terra fofa onde há apenas pedras e espinhos, água em abundância na aridez do sertão, ar puro em meio à poluição da cidade grande, o verde entre as cinzas, o amor no ódio, as chances nas desgraças, o homem no animal. É tudo questão de perspectiva e vontade de viver. Se os caminhos se separam hoje, amanhã eles poderão se cruzar novamente, uma, duas, infinitas vezes pois se realmente o acaso estende os braços então abra os seus e o abrace forte para que o ontem vire o amanhã e o hoje seja apenas o teu caminho, coberto de pegadas, esperando ser preenchido pela determinação de teu ser em transpor o imaginário à pura realidade

sexta-feira, agosto 15, 2003

Perdão
Passei a prestar mais atenção nos fatos de minha vida.
Se você para pra pensar, tudo é muito igual. Você acorda, se arruma, vai trabalhar, se cansa, vai almoçar, trabalha mais um montão e volta super cansado pra casa imaginando uma vida diferente, melhor, sem as preocupações atuais e tal e por fim você adormece, muitas vezes frustrado pois tudo parece não ter uma solução satisfatória.
Se você olha a coisa no geral é assim. Frustrante. Porém o segredo não está aí, mas sim nas entranhas da vida, em momentos que presenciamos sem muitas vezes prestar atenção. Um garoto que encosta o carro do lado do seu e pede uma informação com cara de perdão. Dois amigos sentados na proteção da rodovia. O que será que eles estão pensando, falando um para o outro? Aquela menina que vem todo dia lavar o vidro do carro. Sempre expressando uma certa felicidade, um sorriso que Deus do céu, não sei de onde ela consegue desenterrar. E é tão natural, tão espontâneo. Por que eu, uma pessoa que tenho tantas coisas, que conquistei tantas coisas, sou tão difícil de extrair um sorriso sincero? Se pra sorrir muitas vezes ordeno meus músculos faciais se movimentarem. Por que essa exteriorização de sentimentos? No answer. Mas não podemos deixar passar essas imagens em nós sem que extraiamos alguma impressão dela. Somos muito visuias e temos que tirar proveito desse nosso sentido que pode jogar a nosso favor pra começarmos uma compreensão de nós mesmos. Um gato que mia e pede comida na calçada impedindo minha passagem. Por que aquele ser passa fome? Mais um olhar com cara de perdão. Mais um... Mas são detalhes, momentos que devíamos entender. Hoje, um senhor de idade no ônibus deu uma gorjeta para o cobrador e para o motorista. Quando ele parou no ponto dele eu o fiquei observando. Ele parou e ficou olhando pra ver se tinha uma recíproca do cobrador. Este, só contava o dinheiro e o velhinho ficou sorrindo, parado olhando, olhando e nada de um agradecimento, nem um olhar do cobrador. Aí fiquei observando aquela figura parada, inerte diminuindo, ficando distante até que outros carros, árvores, postes, fios, fumaças e cimento fez com que ele se perdesse no meio dos milhões de pessoas de São Paulo. Qual a história daquele velho? Por quê aquela cara de perdão de novo? No mesmo dia.. o que há de comum no garoto do carro, no gato da calçada e no velho do ponto de ônibus? Que expressão é essa? Tenho med da vida às vezes, como tenho. Quem não tem é porque não vive, não absorve os preciosos momentos que a vida nos mostra todo dia e nos ensina tantas coisas...

quinta-feira, agosto 14, 2003

teste
Improdutividade Evolutiva
Há algum tempo estou paralisado em meu trabalho. Foram dias de estudo e conhecimento do objeto de escopo em que estou atualmente envolvido. Porém dias pra cá cheguei em um ponto onde nada parece solucionar os meus problemas. Já tentei de tudo: pensei em soluções improváveis, pensei no básico e no difícil, no ônibus na vinda e no carro na volta pra casa; até na cama já pensei e nada. O pior é que as pessoas que estão envolvidas comigo dão a mínima. Ou eu sou insignificante ao ponto de não tomarem conhecimento ou são idiotas que por orgulho não se rebaixam a um inferior seu e não admitem que também não fazem idéia da solução a tomar. O pior não é ver o tempo passar, os prazos apertarem e prever que a pressão será grande e massante daqui um tempo não tão distnte assim, o pior não é isso por que eu estou cagando e andando pro meu trabalho; o maior problema que eu acho e sinto é ver a improdutividade escorregadia tomar conta de minha vida. Quando você se envolve com algum projeto, você se torna ágil, versátil ao ponto de abraçar várias causas de uma única vez e tem o poder de defendê-las de igual para igual. As idéias fluem, a imaginção ultrapassa limites e viaja através de inúmeras dimensões palpáveis ou não. Porém, quando estagnamos em algo, uma angústia incontrolável se torna presente, passamos a enxergar o lado escuro da Lua, as faces depressivas da vida se tornam mais visíveis e marcantes. Hoje mesmo. Eram 9 horas da manhã quando meu superior disse que tentaria solucionar meus problemas às 2 da tarde apenas. E até lá? Penso eu que poderia andar com outras frentes de projeto, como por exemplo o roteiro de meu Curta-Metragem. Caneta e papel na mão. Pensa. Pensa. Pensa. Caneta e papel na mesa. Pensa. Pensa. Pensa. Café. E as idéias? Pra onde vão as idéias de alguém que esqueceu como esquecer que a vida não depende do certo mas sim das incertezas que nos trazem idéias, que nos abrem caminhos, que nos dão opção de mudar. O certo é lógico. É o sim ou o não; o verddeiro ou o falso. Só existe um caminho, porque não há dúvidas, não há incertezas, apenas o certo. Um caminho escrito do começo ao fim. Não...não nasci com a certeza de nada pois a certeza nos prende, nos tranca e nos torna peças de um jogo, e um jogo tem regras e as regras não mudam. Eu mudo. Tenho medo. Mas EU MUDO. Portanto estou num ponto em que preciso mudar pois caí na armadilha do jogo; um jogo que acabou e que está prestes a começar novamente e nesse meio-tempo a improdutividade tediosa, evolutiva e desesperadora. Tenho escolha ou simplesmente espero o jogo começar novamente? As regras, eu sei...
A essência da vida
Escrever me deixa bem. É como se fosse uma fuga da realidade dos outros para a minha própria realidade.
Queria poder viver na essência da vida, nos pontos onde a vida nos dá prazer, onde nos faz sentirmos vivos e operantes, onde parecemos ter o controle da situação. Aqueles momentos em que você liga o som do seu quarto deita em sua cama ou mesmo no chão, no carpete ou tapete ou piso frio mesmo no verão, e de repente aquela pessoa que você curte está lá com você, ou aquele lugar que você é afim aparece na frente de seus olhos. O cheiro, o sabor, o vento bate em sua face, os sons, a música. Olha aí ela de novo­! A mesma música você também pode dançar, loucamente a passos frenéticos, escorregando no piso molhado pelo seu suor ou lentamente, simulando movimentos suaves e flexí­veis. de olhos fechados então você tem um contato maior ainda com seu subconsciente, com tudo aquilo que já vinha imaginando deitado, mas agora você sonha acordado.. e em movimento!
Qual é a essência da sua vida? Chegar em casa e plugar uma guitarra no amplificador e tirar sons ácidos e espalhados pela vizinhança? Berrar ao microfone, cantar pra você mesmo, beijar, transar com sua outra metade ou apenas com um caso que você conheceu naquela mesma noite? Ser correspondido em um relacionamento, fazer seus amigos felizes, fazer convites a eles pra algum evento seu, escrever um livro, fazer uma poesia, uma música, provar um teorema, terminar um jogo, ganhar na megasenna, representar uma peça de teatro em cima de um palco com a casa lotada, dançar muito numa danceteria que você curte, beber até cair com os amigos, fumar um back, tomar um docinho, dançar como o Michael Jackson, ser sensual como a Madonna ou ser gótico, andrógeno, surfar, pescar em alto-mar, ver seu filho crescer à sua imagem....curtir a vida.. Qual é a essência de sua vida? Pode ser tudo isso e muito mais, mas pra mim basta escrever meus pensamentos... Isso ninguém nunca irá me tirar: a liberdade do pensamento. Pensar já basta pra me tornar uma pessoa mais feliz. São os nossos pensamentos que nos guia, que nos constrói e nos manipula, portanto aprenda a pensar no que te faz bem, só assim você conseguirá dar um passo a mais em direção à sua própria felicidade.
Foda-se!
Gostaria de começar esse Blog falando um pouco de como nos sentimos divididos em vários momentos por que passamos.
É incrível como a vida nos dá escolhas né. E as vezes olhamos pra elas e nos desesperamos, como se a dúvida fosse a pior coisa do mundo. Como se todos nascessem de uma decisão jamais indecidida... Vivemos na era da informação, da tecnologia, da convergência da razão com a religião, teorias e teorias, algumas até provando que Deus existe e outras que não existe... Deixamos de sentir e passamos a experimentar, deixamos de aceitar e passamos a provar. Tudo muito exato, tudo muito certo, mas aos poucos os homens começam a perder o poder da intuição, o poder ter a indecisão, de poder escolher uma trilha, assim ele se torna míope de sua própria vida, enxergando apenas o que está à sua frente assim como o cavalo privado de seu horizonte aprisionado, mas o homem é pior, pois ele é prisioneiro de si próprio, manipulador e manipulado ao mesmo tempo pelas tendências, seguindo padrões, seguindo exemplos esculpidos e nunca seguindo sua própria imagem. O homem nunca se aceita, sempre é infeliz por ser a perfeita imperfeição. sempre falta alguma coisa quando buscamos alguma coisa. Estamos numa jornada que não termina nunca. Não existe o fim do arco-í­ris. As descobertas vêm da busca, do conhecer, mas para cada pergunta respondida aparecem dez que não existiam, assim, o que parece é que o conhecer reside no caos, na dúvida infinita, no conhecimento do incerto... O que é o incerto? A religião? A vida após a morte? O Desconhecido...se cada vez mais que descobrimos algo, um absurdo mundo de novas incertezas aparecem em nossas vidas, se caminhamos para o caos do conhecimento das incertezas, então deduzo ( e aqui estou eu mais uma vez querendo provar algo, PQP!) que o fim é o começo, que a evolução da humanidade é o caminho para a involução da espécie, que o mundo caminha de costas, portanto devemos procurar pelas origens das coisas, ou darmos as costas ao mundo e tentarmos caminhar à frente do mesmo. Por isso todos os dias pelo menos uma vez, escolho um desses cegos do destino e aplico com muita indiferença e tesão, um fudido FODA-SE! E você, Já disse o seu de hoje ou prefere conviver na escuridão de seu mundinho perfeto?