quinta-feira, novembro 13, 2003

Turning grey again
Do azul ao cinza, o mundo torna-se monocromático com a sua recente presença numa inusitada visita. Entre a negritude em que você se esconde atrás da pálida face existem os olhos azuis que também se tornam cinzas segundo a natureza do corvo que em você reside. Escuto sua voz cahamando meu nome num ecoar entre os ventos uivantes e começo a correr, correr, correr até que eu paro. Eu sei que é tarde e estou sozinho. Coloco meu casaco preto, minhas botas pesadas indicando o pesar de meu caminho, minha corrente metálica tenta acender a escuridão em que me contenho mas apenas demonstra um reflexo apagado entre as gélidas gotas que caem desordenadas pelo forte vento das nuvens que tomam conta do horizonte e que faz do dia uma noite em prantos. A morte pode vir de várias maneiras e no céu acinzentado ela se mostra na lembrança de nossos sentimentos mortos que às vezes como mortos-vivos levantam-se da tumba esquecida. Assim eu paro em frente aos túmulos de nosso cemitério pedindo aos espíritos da escuridão que te leve e te acorrente ao teu destino. Naquele túmulo decadente eu peço a paz entregando em troca meu coraçao dilacerado por tua fatal sombra que impede o conhecer da luz, que me traz o cinza quando finalmente vejo o azul. Ainda quero conhecer o azul mas por enquanto fico com a lembrança apenas do azul dos olhos teus e nada mais.

terça-feira, novembro 11, 2003

Lembra deste?
(Part Two)
Atendendo à pedidos:
Lembro que o filme passava bastante no SBT, na antiga Sessão das Dez. Na primeira vez que eu vi, fiquei com medo. Me assustei de verdade, pois era pequeno. Devia ter no máximo 10 anos. Depois, com as incessantes reprises, comecei a achá-lo engraçado. De fato, com os avanços tecnológicos do cinema, o filme acabou se tornando totalmente "trash". E não deixa de ser um clássico na categoria.

O filme, de 1985, originalmente chama-se - The Stuff - e foi dirigido por Larry Cohen, autor de outros filmes de terror. Em resumo, o filme conta a história de um produto que se tornou imensamente popular nos Estados Unidos, mas que possui uma fórmula secreta. Misteriosamente, as pessoas que degustam a iguaria, depois de um tempo, se transformam em zumbis e morrem. Muito trash!

Desde o começo, o filme demonstra sinais de cinema tipo "B". A primeira cena mostra como a "coisa" foi descoberta. Ela surge de uma ruptura do chão. O líquido cor-de-rosa é estranho, brota do nada e chama a atenção de um homem que passa pelo local, dentro de uma fábrica antiga.

segunda-feira, novembro 10, 2003

Lembra deste?
(Part One)
Nick Hauser (Mones) é o chefe de uma perigosa turma de delinqüentes juvenis que, junto de sua bela namorada, Frankie (Richards), começa a hostilizar Morgan Hiller (Spader), um jovem recém-chegado à cidade. Mas a garota acaba se apaixonando pelo forasteiro, o que vai acabar desencadeando um confronto mortal entre os dois rapazes. Confronto este que envolverá muitas outras pessoas e provocará muita violência.
(Tuff Turf) - EUA - 1985 - 113 min. - Ação/Drama
Direção: Fritz Kiersch
Com: James Spader, Kim Richards, Paul Mones, Robert Downey Jr. e outros
Bléim
Do inerte, vem o desejo. Do desejo, o pensamento. Do pensamento, a vontade. Da vontade, a idéia. Da idéia, a ação. Da ação, uma mão. De uma mão, as duas então pegam o violão. Os dedos percorrem as cordas. Descendo e subindo, tirando as notas, destoante canção. O pensar e o sentir formam a base e assim nasce a inspiração nas casas do braço de meu violão. As notas saem, expelidas entre as palavras rimadas de meu coração. Um dia, frias como a geleira e outro, quentes como o verão. Ao final tem-se uma construção. Uma música pra preencher espaços e iluminar a escuridão.

quarta-feira, novembro 05, 2003

From the very green herb falling deep into my gothic feelings
Once upon a time I met you in that square´s bar . It was wonderfull knowing you and I can´t forget it anymore. Now I know that you look to me from the stars in all the rainy nights riding your motorcycle, still feeling the water and the wind from that day, gaining speed just to reach another lonely heart as once was mine and yours. I can feel teh smoke of the green fairy filling the atmosphere around myself and your smile embracing myself again. My tears mix with drops of the cold rain just imagining how would be our lives together if we didn´t take our roads apart. I ... just loved you as i do now it again...please keep going through the stars cause one day I will ask for another galactic ride and maybe in heaven we end up our ways together.

In Memory of you, Rodrigo Rezende, gone to soon...

I've been looking so long at these pictures of you
That I almost believe that they're real
I've been living so long with my pictures of you
That I almost believe that the pictures are
All I can feel

Remembering
You standing quiet in the rain
As I ran to your heart to be near
And we kissed as the sky fell in
Holding you close
How I always held close in your fear
Remembering
You running soft through the night
You were bigger and brighter and wider than snow
And screamed at the make -believe
Screamed at the sky
And you finally found all your courage
To let it all go

Remembering
You fallen into my arms
Crying for the death of your heart
You were stone white
So delicate
Lost in the cold
You were always so lost in the dark
Remembering
You how you used to be
Slow drowned
You were angels
So much more than everything
Hold for the last time then slip away quietly
Open my eyes
But I never see anything

If only I'd thought of the right words
I could have held on to your heart
If only I'd thought of the right words
I wouldn't be breaking apart
All my pictures of you

Looking so long at these pictures of you
But I never hold on to your heart
Looking so long for the words to be true
But always just breaking apart
My pictures of you

There was nothing in the world
That I ever wanted more
Than to feel you deep in my heart
There was nothing in the world
That I ever wanted more
Than to never feel the breaking apart
All my pictures of you

terça-feira, novembro 04, 2003

Nos trilhos
Minha vida sempre foi trilhada pelas estradas de ferro paulistas. Era sagrado a visita diária à Estação Ferroviária de Osvaldo Cruz, minha cidade Natal onde convivi até meus 6 anos de idade. Meus pais tinham que me levar ao menos 2 vezes por dia pra ver o trem. Eu conhecia todos os maquinistas e chefes de estação. às vezes conseguia a incrível façanha de dar voltas nos trens cargueiros. Quando me mudei para Parapuã e fiquei até os 8 anos de idade, diariamente ia de bicicleta até a estação que ficava bem longe mas era um sacrifício merecido pois aquilo me dava muita alegria. Não conhecia nada melhor do que poder acompanhar o trem da estrada olhando da janela do carro de papai. Ir à estação e esperar o trem chegar... ficava olhando no horizonte até aparecer um pontinho vermelho. Era o trem lá longe! Que chegava sendo anunciado pelas suas constantes buzinas fortes que passavam de surdas a estonteantes. O trem chegava e ia parando até soltar muita fumaça de suas rodas. Os fiscais de passagens abaixavam as escadas as pessoas subiam e se sentavam nos bancos de couro azul. Depois passavam os fiscais picotando as passagens. Escutava o primeiro apito e o trem respondia com sua buzina. Alguns segundos depois vinha o segundo apito e o trem deixava a preguiça, apitava e começava a se locomover. Devagar ele ia indo e as pessoas correndo pra alcançar e subiam nas portas e ele ia embora deixando o cheiro caracte´rístico de ferro queimado nos ttrilhos por onde passava.... Ah trem... um dia estaremos novamente juntos. Minha vida terminará comigo conduzinhdo um trem pelos trilhos de minha vida...eu prometo.