sexta-feira, setembro 26, 2003

O Dixco Voador
Ainda não foi dessa vez. Será que um dia ainda vou ter um Contato Imediato do terceiro Grau com aquele museu? Pra mim ele não só parece quanto continua sendo um misterioso disco-voador. Segunda vez no ano que venho a Niterói e não consigo entrar no maldito Museu, mas tudo bem, ainda vou achar uma explicação pra toda essa proibição. Pelo menos eu conheci o Gabriel, amigo de Felipe. Ele é muito gente-boa, como dizem por aqui, maneiríssimo hehehe. Foi praticamente um guia na praia de Icaraí. Fiquei desvendando as formas da Pedra do Índio. Juro que não achei muito índio não, eu vi na verdade vários ursos hehehe. O Bonito de Icaraí é a vista para o Rio. Conseguimos ver toda Baía de Guanabara, o Cristo, o Pão de Açúcar etc. Fora a praia, conheci uns restaurantes bem maneiros e o povo daqui demonstro ser muito prestativo e educado. Vi muita gente que estava com saudades como o Léo, o Rodrigo, a Bia, a Bela, a Luana Loira, a Luana Morena. Só faltou o Marquinhos mesmo. Minha estadia tem sido ótima, é sempre muito bom estar perto de Aninha e Vazinha, como eu amo elas! Pércebe-se né. Pintou férias e já vim correndo para cá. Hoje, sem muitos pensamentos, apenas algumas impressões e agradecimentos às pessoas que eu tanto gosto e dessa cidade que quase já foi meu lar num passado não tão distante assim. Dá-lhe Niticity!!!!!

quinta-feira, setembro 18, 2003

Um nome

As dúvidas aparecem sempre
Quando você se define no dicionário
Quando você procura um significado
A essência de sua mente

Se não acha você se perde
E se acha não é coerente
Com tua vontade recente
De acordar sentimentos inertes

Minha vida, um rodapé que procuro
Quão longe das palavras estou
Se apenas tua imagem restou
ficando todo o resto no escuro

Rodei por todo o glossário
Juntando palavras sem rumo
Pra ver se eu compreendia
Teu nome que me confundia

No grande emaranhado de letras
Fui achar o que procurava
Mais perto de mim ele estava
nesse interminável quebra-cabeças

Teu nome assim misturava
Entre tantos outros perdidos
Mas somente um eu chamava
Era "Amor" que ali estava escrito

terça-feira, setembro 16, 2003

Impressões 01
Tudo começou com o bilhetinho na lavanderia semana passada. Dizia: Curso de Teatro. Pra quem não sabe, eu tranquei meu curso na Escola Macunaíma essa semestre por alguns motivos que não vale a pena enumerá-los aqui, mas com a intenção de retomar os estudos da ribalta no início do próximo outono. Enquanto isso estou usando todas minhas energias pra que meu projeto "Sonhos de Uma Metrópole" flua como o esperado e se torne realidade em janeiro próximo. Fazer um curta-metragem não é nada fácil hehehe mas é demasiadamente compensador.
Bom, voltando ao bilhetinho, não pude deixar de ser curioso e ligar para o local. Foi quando percebi que não consigo ficar mais de dois meses longe de uma roda de teatro, sem sentir a união entre pessoas diferentes que tornam-se uma grande família e todo aquele espírito de ritual que o teatro nos proporciona. Pois bem, marquei minha primeira aula nesta nova escola e lá estava eu, 45 minutos antes na dita escola me trocando para o encontro da nova experiência. Aos poucos as pessoas começaram a chegar e notei que eu não era o único novo ali. Junto a m im estava uma senhora de 79 anos e um garoto de 14, entre outros, começando a experimentar a dramaticidade pela primeira vez em suas vidas. Deveras emocionante, a cena dos opostos de uma vida se encontrando com um mesmo objetivo. Isso sim é humanidade. Culturas que não se chocam, apenas pessoas que se gostam ou que aprendem a gostar de si mesmos. Depois de um longo e demorado exercício que mexia com nosso corpo, engajados pela imaginação impulsionada pela música calma e relaxada com requintes orientais mais ou menos como descrevi em uns posts atrás sobre nos entregarmos à música, fizemosumas improvisações. A primeira delas baseou-se no "encontro de estrangeiros". Trata-se de colocar uma cadeira e uma dupla tentar convencer um ao outro com uma língua imaginária, onde valem-se as intenções apenas e os gestos do corpo, para deixar sentar-se na cadeira. Foi muito divertido e consegui deixar minha par, a Ster, bem à vontade. Ela que era a mais tímida de todas as pessoas e que aliás, me acompanhou durante todos os exercícios restantes. Fizemos a brincadeira do espelho onde tentamos imitar os movimentos e caretas do outro e terminamos por improvisarmos uma cena que simulava um encontro entre duas pessoas, um conflito e uma seguida separação. Fiz um marido que chega em casa doo trabalho e com um presente para a mulher e acaba pegando-a falando no telefone com um outro homem. Discutimos e por fim eu a deixo e vou-me embora. Teve muitas cenas engraçadas. Do cara que fingia de morto e depois levantava, do velho trapalhão que tentava roubar um câmera com a ajuda de um ladrão e só fazia besteira, do menino que ia pra guerra e mostrava a carta ao pai, da mulher perdeu o anel e num encontro na rua achou sua amiga usando-o e por aí vai. Fizemos primeiro a cena sem o texto e depois com um texto. Foi ótimo e me senti muito bem. Me recordo de quando eu estava no Básico no Macunaíma. Pena que não é nada profissional, mas fincionaou como uma terapia. Meu problema é que sou muito crítico e inflamado pelo sistema de Stanislavski, então ficava colocando defeitos em todo mundo. Eu era como eles, mas sinto-me já um passo à frente. Não sei se continuo ou se espero semstre que vem para voltar pra minha queria escola. De uma coisa eu sei: conheci pessoas muito interessantes e tive uma noite e tanto. Voltei pra casa cantando solitário e feliz nas avenidas gélidas de São Paulo e dormi sorrindo e relaxado como não conseguia há muito tempo. Quem puder fazer aulas de teatro só para se divertir, façam! Vocês verão que será uma experiência inesquecível, no mínimo te dará uma visão diferente do mundo e o fará dividir experiências com os mais diversos tipos de gente. Abraços a todos.

sábado, setembro 13, 2003

Noites de Morfeu

Pode o dia com toda sua luz mudar
E a noite entre seus reflexos continuar
a mostrar a quietude reservada de nós mesmos
Resguardados no desejo da luz de novo ver
Ou da Escura névoa tiramos nosso viver?

A mente instiga ao cessar dos olhos meus
Quando passo a ver teus mudos passos
Ou de outrem abafados em meu lençol
Escutando junto ao frio de meu solitário suor
Nossos passos encerrados sob aquele Por-do-Sol

Ah Morfeu por que não me carregas
Para um mundo ao qual sentisse a liberdade
De longe estar de certos braços de amor
Que agora só me abraça e me traz a dor?

Talvez de teu mundo não quisesse mais voltar
Talvez nos sonhos fizesse meu real sonhar
A vida que não posso ter ao escutar
Teus mudos passos que teimam em passar

A febre que toma meu corpo inteiro
Nas noites em que teu nome chamo
E somente o vento me responde forte
Gélido sopro que me traz a morte
Acendendo a chama de minha estranha sorte

São tiros na violenta madrugada
Gatos miando debaixo da escada
Gotas de uma torneira mal fechada
E mudos passos que teimam em passar

São minutos que se parecem horas
E estas uma nova vida a suplicar
a Morfeu dos novos passos que eu quero dar
De um novo mundo que teima em não chegar.

quinta-feira, setembro 11, 2003

Construindo
Guarde as suas recordações com muito carinho. A história nos traz experiências incalculáveis e inesquecíveis. Mas não tente espelhar seu futuro no que já foi. O passado serve pra nos ensinar, uma aula e nada mais que isso. O que nos espera deve ser no mínimo planejado. Consigo me ver claramente fazendo coisas que hoje são impossíveis mas tenho certeza que um dia se concretizarão, porque nunca irei desistir de meus propósitos de minha vida que acaba por se resumir nestes pequenos e grandes objetivos que um dia esculpirão em mim a figura que sempre sonhei ser: um grande ator. Tenho tesão por isso e nada mais me chama tanto atenção quanto representar. Sinta você também essa vontade de se ver em uma certa posição e lute por ela. Se alguém consegue, você também pode.

quarta-feira, setembro 10, 2003

A Liberdade ao alcance de todos
Quando alguém disser alguma coisa e você não concordar com nenhuma palavra sequer proferida, não se sinta contrariado, muito menos como o rei da verdade. Somos por natureza miscigenados graças aos nossos cromossomos e ao paciente tempo que nos transforma e nos adapta. As vezes é difícil compreender que existe mais de uma verdade, que a lógica reside na matemática e nas teorias, talvez até numa fórmula de criação do Universo, mas por mais exata que seja a conta de se calcular uma probabilidade, ela continua sendo uma probabilidade e nós, seus dependentes e vivemos num mundo de morais e princípios não necessariamente verdadeiros, mas suficientes pra nos sentirmos confortáveis com e contra nós mesmos. O que quero dizer é que todos por mais que sigamos um caminho de destinos comuns ou não, os meios pra se caminhar tende ao infinito. Uns corrrem, outros andam, outros ainda nadam e por que não voam em direção ao final do arco-íris. É tudo questão de preferência e de liberdade. Ninguém está certo ou errado, somos livres para interpretar o mundo da forma que quisermos e o primeiro passo para a Liberdade é sabermos respeitar as liberdades dos outros, o que inclui opiniões adversas e conflituosas. Busquemos o comum, o instintivo, as emoções básicas como amor, ódio, tristeza e alegria, pois isto nos faz mais humano que qualquer aperto de mão ou pano branco elevado às alturas. Na origem da vida, na Natureza à nossa volta podemos obter as respostas mais simples para as questões mais complexas. Só não enxerga quem não quer.