quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Dialética da Vida
Os ares do campo distantes daqui, o cheiro do mato, da terra, do orvalho me traz a lembrança do silêncio e o som dos passos abafados pela grama úmida após uma noite de chuva aguça os instintos e renova a essência do ser. O balançar da rede, o zumbido de abelhas e o som do trem passando ao longe, onde a vista nem alcança, escondido pela mata e pelo morro. Um túnel de pedras, a estrada de ferro, linhas paralelas que se cruzam no horizonte e ao lado, o nada e o nada e mais nada. Centrar os pensamentos numa linha que te leva em frente sem nada para dispersar pensamentos. É a vida me levando à algum lugar, escondido no infinito. Nunca chegarei lá? O que tem lá? Quem é o lá? Lá não serei mais eu. serei eu, mais o que ocorrer enhtre aqui e lá. Serei outro. É o que espero. Mas... por que espero mudar? Mudar o quê? Chegar aonde? Mesmo sem saber prefiro caminhar mas poderia parar. E se parar? Quem disse que preciso continuar? Busca insana de significados! Dialética que me persegue e me faz sair do lugar, e me empurra à frente, passo a passo que me faz pensar. mas se eu sair daqui e der uma volta ao mundo e aqui voltar. Ainda serei o mesmo? mesmo estando no mesmo lugar? O que fazemos com a história? Infinitos pontos ocupam um mesmo lugar no plano. Uns nasceram agora outros morreram aqui, outros estão à passeio, mas o tempo guarda o paralelismo das realidades de cada um de nós.

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