sábado, janeiro 17, 2004

Te amar seria...
O amor não tem esconderijo, não escolhe formas nem pessoas, não se intimida em se mostrar presente, sempre vem arrebatando qualquer outro sentimento fazendo-os parecer tão insignificantes perto da grandeza do que é sentir algo por alguém. Te dá forças além de suas extremidades, coragem para ser o mais tolo dos homens, desejos para serem intensamente compartilhados e vividos. Ele passa a habitar a maioria de seus pensamentos, passa a tomar conta de muitos de seus gestos, a controlar a sua vida de forma tão inesperada, e mesmo a falta de um certo controle em seus próprios atos te deixa tão...vivo! Seria como ser livre ao prender-se em devaneios apaixonados, em sonhos oriundos dos desejos mais profundos da alma doente esperando a cura por um único beijo apaixonado, aquele breve momento que te leva à realidade dos bem-aventurados onde apenas o toque e uma leve troca de fluidos faz-se um terremoto interno e um oceano de incertezas e dúvidas que ali se concretizam na única certeza de estar apaixonado e de ter o amor como parente mais próximo e confiável, uma súbita amnésia dos problemas da vida e infinita e intensa jovialidade de um breve porém eterno momento encrustado na sagrada pedra com letras de sangue apaixonado derramado por nossos corações machucados ao tentar um só se tornar.

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